A verdade é que, literalmente falando, não existe essa terceira dimensão na imagem. O efeito 3D é resultado de uma técnica chamada estereoscopia. Trata-se basicamente da filmagem simultânea e através de ângulos diferentes de uma mesma cena.
A câmera estereoscópica é uma simulação dos olhos humanos. Conta com duas lentes, colocadas a aproximadamente 6cm uma da outra – distância média entre os olhos humanos – de forma que ambas capturam a cena, mas de ângulos diferentes. Apesar disso, o enquadramento deve ser exatamente o mesmo nas duas lentes, para que as duas imagens consigam ser sobrepostas depois.
Quando essas imagens são unidas na projeção – com as devidas correções de enquadramento feitas porsoftwares específicos em tempo real para evitar as oscilações – dão a impressão de estarmos vendo uma imagem tridimensional. Mas tecnicamente falando, o que vemos são duas imagens bidimensionais sobrepostas.
É importante destacar que o 3D não se resume às imagens “saindo da tela”. Os efeitos de profundidade de campo conseguidos com o uso da estereoscopia são uma vitória para o cinema.
Embora tão comemorada e comentada, a tecnologia 3D não é considerada pela maioria dos especialistas do campo, como uma reinvenção do cinema, como alguns entusiastas ousaram afirmar. Trata-se de uma revolução na técnica, que ampliou as possibilidades do sensível diante das telas. E essa tendência parece ter futuro nos cinemas e – por que não – em breve até mesmo nos aparelhos domésticos de TV.
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